A Polícia Federal de Cascavel deflagrou nesta terça-feira (02) duas operações distintas no Paraná e em Santa Catarina, com o objetivo de combater organizações criminosas voltadas ao tráfico de drogas e à lavagem de dinheiro.
Em Cascavel, foi desencadeada a Operação Rota Binacional, que tem como alvo uma associação criminosa responsável pelo tráfico interestadual e transnacional de drogas. A investigação começou em dezembro de 2024, após a apreensão de mais de uma tonelada de maconha em Corbélia, quando dois estrangeiros foram presos em flagrante. A droga estava escondida dentro de postes de concreto e tinha como destino o estado de São Paulo.
As apurações identificaram a atuação de outros integrantes do grupo, como responsáveis pelo carregamento, batedor da carga e intermediário da negociação do frete. Nesta fase, foram cumpridos um mandado de prisão preventiva e dois de busca e apreensão, além do bloqueio de bens, imóveis e ativos financeiros do principal investigado, somando até R$ 5 milhões. As ações ocorreram em Jandaia do Sul e Foz do Iguaçu. O nome da operação faz referência à rota criminosa utilizada para trazer drogas de país vizinho para o Brasil.

Também nesta manhã, foi deflagrada a Operação CPF de Aluguel, que investiga outra organização criminosa ligada ao tráfico de drogas e à lavagem de dinheiro. A apuração começou em janeiro de 2025, quando a PRF apreendeu, em Cascavel, 173,3 kg de cocaína escondidos em sucata metálica, acompanhados de nota fiscal usada como disfarce.
As diligências revelaram que o motorista preso em flagrante integrava um grupo criminoso, liderado por um financiador responsável pela compra do veículo e pela movimentação de recursos em seu nome e por meio de intermediários. Nesta fase, foram cumpridos um mandado de prisão preventiva e dois de busca e apreensão, além de medidas de bloqueio de bens, imóveis e valores de até R$ 5 milhões por investigado. Os mandados foram cumpridos em Navegantes (SC).
De acordo com a PF, a organização utilizava “laranjas” e CPFs de terceiros para registrar veículos e movimentar dinheiro, tentando dar aparência de legalidade às atividades ilícitas. A Polícia Federal alerta que o fornecimento ou empréstimo de documentos pessoais é uma prática criminosa e pode gerar responsabilização penal e patrimonial.