A Polícia Federal deflagrou nesta quarta-feira, 8 de outubro de 2025, a Operação Nacional Proteção Integral III, com o objetivo de combater crimes de abuso sexual infantojuvenil praticados, principalmente, no ambiente virtual. A operação ocorre de forma simultânea em todos os estados brasileiros e no Distrito Federal, com a participação de centenas de policiais federais e civis.
Em Guaíra, a ação foi conduzida pela Delegacia da Polícia Federal local, que cumpriu um mandado de busca e apreensão, seguindo agora com as medidas para aprofundar as investigações.
De acordo com a corporação, a Operação Proteção Integral III é coordenada pela Coordenação de Repressão aos Crimes Cibernéticos Relacionados ao Abuso Sexual Infantojuvenil (CCASI/CGCIBER/DCIBER/PF), e tem como foco a identificação e prisão de abusadores sexuais de crianças e adolescentes. A ofensiva também busca desarticular redes criminosas envolvidas na produção, armazenamento e comercialização de material de abuso sexual infantil.
A operação visa reforçar a integração entre as forças policiais federais e estaduais, ampliando a capacidade de resposta no enfrentamento de crimes que violam a dignidade sexual de crianças e adolescentes. Durante o cumprimento dos mandados em todo o país, várias prisões em flagrante foram realizadas e vítimas foram identificadas e resgatadas.
O nome da operação faz referência ao princípio da proteção integral previsto no Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei Federal nº 8.069/1990) e na Constituição Federal, que asseguram prioridade absoluta à proteção e ao bem-estar de crianças e adolescentes. A ação dá continuidade às operações Proteção Integral I e II, deflagradas em março e maio deste ano, reafirmando o compromisso da Polícia Federal com a defesa dos direitos fundamentais de crianças e adolescentes.
Somente entre janeiro e setembro de 2025, a Polícia Federal cumpriu mais de 1.600 mandados de prisão contra foragidos condenados por crimes sexuais, evidenciando o empenho das forças de segurança na repressão a esse tipo de delito.
A corporação também destaca a importância de o termo “pornografia infantil” ser substituído por “abuso sexual infantojuvenil” ou “violência sexual contra crianças e adolescentes”, expressões que melhor refletem a gravidade e o caráter criminoso dessas práticas.
Por fim, a Polícia Federal reforça o alerta a pais e responsáveis sobre a necessidade de orientar e monitorar o uso da internet por crianças e adolescentes, acompanhando o comportamento dos jovens e mantendo diálogo aberto sobre os riscos do ambiente virtual. A prevenção, segundo a instituição, é uma das formas mais eficazes de proteção.
Denúncias sobre esse tipo de crime podem ser feitas, inclusive de forma anônima, pelos canais oficiais da Polícia Federal.