O Brasil tem pelo menos sete casos suspeitos de hepatite de origem desconhecida sendo investigados pelo Ministério da Saúde. Quatro ocorrências são do Rio de Janeiro e três do Paraná.
De acordo com informações do ministério, os Cievs (Centros de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde), por meio da Nacional de Vigilância Hospitalar, monitora “qualquer alteração do perfil epidemiológico” e a detecção de casos suspeitos.
A hepatite está entre as doenças de notificação compulsória no Brasil, de maneira que os profissionais da saúde devem registrar todas as ocorrências e casos suspeitos.
Até o dia 3 de maio, cerca de 230 casos da hepatite desconhecida já foram registrados em todo o mundo, segundo informações da OMS (Organização Mundial da Saúde). Crianças e adolescentes com 16 anos ou menos são os principais afetados.
A morte de ao menos quatro crianças é atribuída à doença – três delas ocorreram em abril, na Indonésia.
A hepatite é uma inflamação do fígado que pode ter diversas causas, desde infecções virais até consumo excessivo de álcool. A hepatite súbita e grave em crianças saudáveis é considerada incomum.
Na quarta (4), a Argentina confirmou o primeiro caso da América Latina. Uma criança de oito anos foi diagnosticada com a hepatite na cidade de Rosário, a cerca de 300 km de Buenos Aires, segundo informações do Ministério da Saúde.
Os primeiros casos a serem informados à OMS foram registrados na Escócia, no Reino Unido. Foram notificados dez casos de crianças com idade inferior a dez anos no dia 5 de abril. Dois dias mais tarde, o número de casos no Reino Unido saltou para 74, chegando a 114 no dia 25 de abril.
Nos dias que se seguiram, novos casos foram registrados na Dinamarca, Irlanda, Itália, Holanda, Espanha, Noruega, Romênia, Bélgica, França, Israel e Estados Unidos.