Enquanto o Banco Central (BC) lidera um esforço para a redução dos juros bancários para os clientes, as instituições financeiras reajustam tarifas para garantir lucros altos. Em um ano, os preços dos pacotes de serviços dos cinco maiores bancos do país aumentaram 5,5%, de acordo com os dados do BC. No mesmo período, a inflação oficial foi de apenas 2,7%. Algumas tarifas avulsas de serviços bastante requisitados pelos correntistas pessoas físicas deram saltos ainda maiores.
Entre os cinco maiores bancos, a Caixa Econômica Federal foi a que mais reajustou. Em média, seus pacotes padronizados subiram 9,7%. Mesmo assim, o banco público continua a cobrar as tarifas mais baixas. No governo Dilma Rousseff, a Caixa foi usada para tentar forçar um movimento de queda de custo de crédito bancário. Depois de sofrer com problemas de capital no ano passado, o banco federal mudou de estratégia para tentar solucionar a escassez de dinheiro para novos empréstimos. Além de reajustar tarifas para pessoas físicas, renegociou os valores de prestação de serviços para o setor público, antes muito baixos.
TARIFAS TÊM REAJUSTE DUAS VEZES AO ANO
Segundo fontes do setor, ouvidas pelo GLOBO, o aumento da tarifa é uma diretriz dos bancos para manter a rentabilidade. O Santander foi o segundo banco que mais aumentou os pacotes de serviços. De maio de 2017 até este mês, a alta média chegou a 7,7%. Em seguida, vieram Itaú, Bradesco e Banco do Brasil.
Pelas regras do BC, os bancos podem cobrar por quatro pacotes de serviços, com diferentes quantidades de operações. Os valores desses grupos de serviços subiram em todas as grandes instituições.