A Coodernação Geral de Fronteiras (CGFRON) da Secretaria de Operações Integradas do Ministério da Justiça e Segurança Pública está agora sob a direção de um paranaense.
Natural de Curitiba, o Tenente Coronel Saulo de Tarso Sanson Silva passa a assumir a direção da CGFRON e liderar os trabalhos de combate aos crimes transnacionais em todo o país.
Tenente-Coronel Sanson comandou o Batalhão de Polícia de Fronteira da Polícia Militar do Paraná de setembro de 2018 a dezembro de 2019, quando foi convidado a integrar a Coordenação Geral de Fronteiras em Brasília-DF, no Ministério da Justiça. De lá pra cá, seu trabalho enfático e sua atuação assídua frente as missões da CGFRON no país o levou a sua nomeação ao cargo de Coordenador Geral em março deste ano.
A Coordenação-Geral de Fronteiras (CGFRON), foi criada com o advento do Decreto nº 9.662, de 2019, e desenvolveu o Programa Nacional de Segurança nas Fronteiras e Divisas - V.I.G.I.A. (Vigilância, Integração, Governança, Interoperabilidade e Autonomia), em total consonância com o disposto no Decreto nº 8.903 de 16 de novembro de 2016, que instituiu o Programa de Proteção Integrada de Fronteiras (PPIF), principalmente com o previsto no artigo 4º, inciso IV: "implementação de projetos estruturantes para o fortalecimento da presença estatal na região de fronteira".
O Programa V.I.G.I.A. tem como proposta principal fortalecer a prevenção, a vigilância, a fiscalização e o controle nas regiões de fronteira, divisas e áreas de interesse operacional, por meio da atuação integrada de órgãos de segurança pública, de controle aduaneiro, defesa, fiscalização e outras instituições cuja atuação se fizer necessária, nas três esferas de governo, fazendo uso de metodologias de gestão e governança com vistas a reprimir os crimes transnacionais, por meio de uma tríade de elementos constitutivos: operações integradas, fazendo uso de coleta, tratamento e análise de dados para a produção e difusão de conhecimento, além de operações exploratórias e sistemáticas; capacitações, visando o treinamento, nivelamento de conhecimento e o intercâmbio dos profissionais envolvidos diretamente nas ações; e, aquisições de equipamentos e sistemas, que propiciem atuação coordenada, autônoma e governança e harmonização de procedimentos.
Trata-se de uma organização multifuncional em células, onde o conjunto das unidades prima pela fusão entre produção de conhecimento e operações, designadas por meio da implementação do ciclo aplicado às Operações Especiais F3EAD (encontrar, fixar, finalizar, explorar, analisar e difundir), estimulando a adoção de uma cultura organizacional adaptada a ambientes classificados como voláteis, incertos, complexos e ambíguos (V.I.C.A.), onde as competências centrais são a adaptabilidade e a capacidade de trabalho integrado em redes (networking), com o fortalecimento de uma doutrina específica objetivando integração, padronização e estímulo a criação de uma consciência compartilhada para a atuação em fronteiras, divisas e áreas de interesse operacional da SEOPI, com capacidade de influência e ampliação das boas práticas identificadas e desenvolvidas no programa, assim como das lições aprendidas (adaptabilidade).