O temporal que atingiu Guaíba, na Região Metropolitana de Porto Alegre, destruiu prédios, destelhou imóveis, bloqueou ruas e deixou pessoas desalojadas entre segunda-feira (17) e esta terça (18).
De acordo com a prefeitura da cidade, pelo menos 1,5 mil famílias foram atingidas – a prefeitura não sabe, ainda, quantas delas precisaram deixar suas residências.
O bairro Santa Rita foi um dos mais atingidos, junto do Conjunto Habitacional (Cohab).
A Igreja Betel, na Rua Paulo de Souza Jardim, sofreu diversos danos com a chuva e vento fortes. Parte da estrutura cedeu. O mesmo aconteceu com o prédio da Escola Estadual de Ensino Fundamental Carmen Alice Laviaguerre, na Avenida Osvaldo Jardim, e em imóveis na Rua Vinte e Seis.
O posto de saúde que fica no bairro Cohab suspendeu atendimentos devido aos danos sofridos na estrutura devido ao temporal. Quatro ginásios foram destelhados.
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Estragos nessa e em outras regiões fizeram com que a prefeitura decretasse situação de emergência e instituísse um comitê de crise para atender a população. A ideia é organizar o trânsito, fazer a retirada de árvores e postes que foram derrubados e restabelecer o serviço público que sofreu impactos com o temporal.
A previsão dada pelo Executivo Municipal é de que a limpeza da cidade comece a partir das 7h desta terça. Uma reunião para planejar outras ações está prevista para por volta das 11h.
Equipes da Secretaria de Infraestrutura e Serviços Públicos e da Secretaria de Mobilidade Urbana e Segurança Comunitária estão nos bairros desde a segunda-feira.
Equipes da Defesa Civil prestam auxílio na cidade distribuindo lonas aos moradores. Já houve a entrega de lonas para 500 famílias, mas já há mais de mil pedidos tanto de lonas quanto de telhas.
A prefeitura divulgou que, por volta das 23h, duas caminhonetes foram até Porto Alegre para buscar lonas doadas pela Capital. Milhares de metros já foram distribuídos à população.
A cidade enfrenta problemas com o fornecimento de energia elétrica e com o sinal de internet.
De acordo com o Climatempo, a tempestade que atingiu a Região Metropolitana de Porto Alegre foi provocada por nuvens carregadas que se formaram devido à atmosfera estar muito quente e haver a aproximação de uma frente fria no litoral sul gaúcho.
O aeroporto de Porto Alegre registrou rajadas de vento de 62 km/h. Porém, pelo nível de destruição em Guaíba, a suspeita dos meteorologistas é de que houve rajadas mais intensas que podem ter sido chegado a mais de 100 km/h. Um caminhão chegou a tombar na cidade com a força do vento.