Um homem, de 49 anos, foi preso suspeito de ser o mandante da morte do vereador eleito João Domiciano Neto, conhecido como João Garré, de Salto do Itararé, no Norte Pioneiro do Paraná, segundo o delegado Huarlei Oliveira.
O suspeito, que atualmente é vereador, não se elegeu para a próxima legislatura e, conforme as investigações, teria ficado como suplente na eleição. Para o delegado, o crime teve motivação política.
O vereador eleito Garré foi morto em Santana do Itararé na madrugada do dia 9 de novembro. A cidade é vizinha a que ele se elegeu. Quando foi executado, a vítima estava na casa dos pais, que são idosos.
Após o crime, a Polícia Civil (PC-PR) informou que Garré foi atingido com pelo menos quatro disparos na região do tórax. Dois homens participaram da ação e, posteriormente, fugiram para Curitiba. Horas depois, eles foram mortos em confronto com a Polícia Militar (PM-PR).
Além do homem suspeito, o filho dele, de 31 anos, também foi preso por suspeita de participação no crime.
Em nota, o advogado que defende o suspeito preso, disse que ainda não teve acesso ao inquérito policial e que aguarda liberação do juízo para tomar as medidas cabíveis.
A Câmara de Vereadores de Salto do Itararé informou que não foi notificada oficialmente da prisão e disse que a "Polícia Civil fez um excelente trabalho em desvendar o crime".
A PRISÃO DO SUSPEITO
Conforme o delegado Huarlei, o suspeito foi preso na noite de ontem (18) em um hotel em São José dos Pinhais, a mais de 350 quilômetros de onde o crime aconteceu.
O filho dele, que também está preso, estava no mesmo quarto de hotel. Segundo o delegado, ele ajudou na contratação dos atiradores.
O mandado de prisão preventiva dos dois foi expedido na noite de domingo (17), após o delegado ouvir testemunhas e identificar os mandantes.
"O inquérito ainda está em andamento, é preciso finalizar as investigações e será encaminhado para apreciação do Ministério Público e do Poder Judiciário. Os mandantes ainda não foram ouvidos e serão interrogados nos próximos dias", afirmou Huarlei.
Conforme o delegado, pai e filho devem responder por organização criminosa, por planejar o crime em quatro pessoas; e por homicídio qualificado, por pagamento do crime, recurso que impossibilitou a defesa da vítima e motivo fútil.
O CRIME
Segundo as investigações, no dia do crime, os suspeitos invadiram a residência dos pais de Garré. Um deles entrou para cometer o assassinato, enquanto o outro ficou em frente ao local.
A esposa do político disse à polícia que encontrou Garré morto minutos após o crime. Os pais do político relataram que estavam na casa, mas não escutaram os tiros porque possuem deficiência auditiva.
A polícia afirmou que os suspeitos estavam na região desde o dia anterior, entre os municípios de Siqueira Campos e Santana do Itararé. Depois de serem mortos em Curitiba durante confronto, a polícia não divulgou o nome dos suspeitos.