Cerca de 250 pessoas invadiram, por volta das 13h deste sábado (27), a Fazenda Santa Fé, localizada na Estrada Copacabana, no município de Xambrê, região noroeste do Paraná. O grupo, que se identificou como integrante da Frente Nacional de Luta Campo e Cidade (FNL) e do Movimento de Terra e Alimento, ocupou a propriedade, que possui 942 hectares.
A Polícia Militar do Paraná, por meio do 25º Batalhão de Polícia Militar (BPM), sediado em Umuarama, foi acionada e deslocou equipes para o local. O acesso à fazenda permanece fechado e controlado pelas forças policiais, enquanto são realizadas as primeiras tratativas para a resolução do impasse.
De acordo com o tenente-coronel Claudio Longo, comandante do 25º BPM, os invasores afirmam possuir uma autorização judicial que permitiria a entrada e a ocupação da área, supostamente baseada em um processo de desapropriação conduzido pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra). Contudo, até o momento, não há confirmação oficial da existência desse documento.
“Eles alegam que existe uma autorização judicial com base em uma suposta desapropriação feita pelo Incra. Isso ainda está sendo checado”, declarou o comandante. Segundo Longo, uma advogada que representa o grupo chegou à fazenda e a Polícia Militar aguarda a apresentação do documento que, em tese, justificaria a ocupação da propriedade.
Enquanto a situação é analisada, as equipes policiais permanecem no local, acompanhando o andamento das negociações iniciais. Caso a autorização judicial não seja apresentada ou não exista, todas as circunstâncias da invasão serão formalizadas em boletim de ocorrência, para que sejam adotadas as providências legais cabíveis, incluindo eventuais tratativas para um pedido de reintegração de posse.
Ainda conforme o tenente-coronel Claudio Longo, a atuação da Polícia Militar tem como prioridade garantir a segurança de todos os envolvidos. Os moradores da fazenda foram retirados da área e realocados para outro local, como medida preventiva, visando preservar a integridade física e evitar confrontos ou situações de maior gravidade.
“A Polícia Militar, por meio do 25º Batalhão, garantiu a integridade física dos moradores, que foram realocados para outro local, a fim de evitar que algo mais grave ocorresse”, afirmou o comandante.
O caso segue sob acompanhamento das forças de segurança, enquanto a legalidade da ocupação é verificada. Até o fechamento desta reportagem, não havia confirmação oficial sobre a existência de autorização judicial ou decisão administrativa que justificasse a invasão da propriedade rural.