Neste domingo (04), é celebrado o Dia Mundial do Câncer. Nas redes sociais, a data é lembrada por meio da hashtag #WorldCancerDay e o objetivo é conscientizar as pessoas sobre a importância de entender melhor a doença. E a rondonense Ana Carolina Meotti tem sido um exemplo de coragem e determinação para muitas pessoas; ela tem câncer, mas não deixou de viver por isto. Ana, com seu sorriso e simpatia mostra que a vida não é a doença, é apenas uma fase  que precisa ser superada.

Em entrevista para a reportagem, Ana disse que quando descobriu que estava com adenocarcinoma de ovário, teve um choque, mas o apoio da família e amigos foi motivação para ela. A rondonense conta  que aprendeu muito com as crianças quando estava internada em Barretos-SP.  Após passar por três cirurgias Ana diz que: “As cicatrizes que a vida coloca em você são lembranças do quão forte você é, se orgulhe disso”.

Suas palavras e seu sorriso são motivação aos que lhe cercam assim como a ela mesma.  Ana afirma que a pior coisa é as pessoas terem dó de quem está doente. Ninguém quer estar doente, mas quando acontece temos que enfrentar, afirma ela. “Não podemos sofrer por antecipação” conclui a rondonense.

Abaixo leia na integra o depoimento de Ana, por ocasião de um ensaio fotográfico em que a jovem rondonense participou:

"Sou Ana Carolina Meotti, tenho 20 anos, descobri minha doença em maio de 2016, depois de ter passado mal e ter sido internada em Cascavel. Já tinha dores e alguns problemas antes, mas até então ninguém suspeitava de nada.

Por se muito nova e ter a previsão de fazer uma cirurgia muito complicada os médicos me recomendaram ir para algum hospital maior em São Paulo, por ter um primo em Barretos ele me ajudou a conseguir uma consulta e fui aceita como paciente no hospital de câncer de Barretos, na parte infanto-juvenil.

Fiz várias quimioterapias e fui me ajustando as mudanças uma de cada vez, mas com certeza todos ao meu redor que me apoiaram fizeram esse processo mais fácil.

Já passei por três cirurgias e ainda vou precisar de mais uma. Ainda estou fazendo quimio e por enquanto não tenho uma previsão certa de alta mas a doença esta regredindo cada vez mais.

Em 2017 voltei pra faculdade mesmo fazendo quimio porque me ajuda muito ter outros afazeres e prioridades.

Me acostumei melhor do que eu imaginava a ser careca e com certeza cresci muito com todo esse processo. Não é nada fácil, tem muitos aspectos que só quem é muito próximo de mim sabe, tento ser o mais positiva possível e lidar de maneira leve com as consequências do tratamento.

A primeira cirurgia foi dia 30 de novembro de 2016, a segunda foi em 13 de janeiro de 2017 e a terceira foi dia 22 de abril de 2017. A primeira foi a única que já estava programada, a segunda foi uma emergência após uma suspeita de deiscência e a terceira foi uma espécie de nó é foi feita em Cascavel."

Ana lembra que em meio a todas as dificuldades recebeu em muitos momentos ajuda e orações, inclusive de pessoas que não a conheciam. Sua gratidão também é estendida aos que no ano de 2016 participaram e compraram uma ação entre amigos por ocasião do início do seu tratamento em Barretos.

A rondonense também  destaca a importância da doação de medula. E gostaria de incentivar as pessoas para que se cadastrarem como doadores de medula, gesto que pode salvar muitas vidas.