O policial penal suspeito de participar da morte de Daiane de Jesus Oliveira, em Cascavel, foi ouvido pelo delegado nesta sexta-feira (9).
A jovem morreu atropelada após ser agredida por seguranças de uma casa noturna e abandonada no meio da rua por eles. Imagens de câmera de segurança registraram o caso.
A Polícia Civil não deu detalhes do depoimento.
Alisson Silveira da Luz, advogado do suspeito, afirmou que o policial não agrediu a jovem. Conforme a defesa, o policial estava apenas se defendendo.
Ainda segundo Luz, antes de Daiane ser atropelada e morta, o policial pediu que ela saísse do meio da rua.
Durante as investigações, Fabiano Moza, delegado responsável pelo caso, ouviu testemunhas, entre elas as pessoas que presenciaram o atropelamento, o motorista do veículo e o outro segurança que aparece nas imagens.
A confusão
Imagens de câmera de segurança, sem áudio, mostram a briga a partir das 4h32 da manhã. Um homem com uma lanterna parece repreender a jovem, na calçada, em frente à Moonlight.
Às 4h33, o homem chuta o que parece ser uma garrafa de bebida. A jovem reage, vai para cima do homem e os dois começam a brigar na rua. Ela leva pelo menos dois chutes e um empurrão.
Conforme a confusão avança, outras duas pessoas saem de dentro de um estabelecimento. Inicialmente, elas não intervém fisicamente na briga e ficam assistindo.
Ainda às 4h33, a jovem corre em direção a um objeto na rua. Um outro homem avança e a segura por poucos segundos. Em seguida, o primeiro homem que estava na briga volta a empurrá-la e, após isso, ela fica deitada na rua.
Ainda às 4h33, uma moto passa pelo local e desvia da jovem deitada no asfalto.
Às 4h34, um grupo de cinco pessoas sai de dentro do mesmo estabelecimento e observam, da calçada, a jovem ainda deitada na rua.
Poucos segundos depois eles veem um carro se aproximando e fazem sinal com as mãos que tem alguém no chão. O carro não para e passa por cima da jovem.