Na manhã desta terça-feira (20), a Operação Pôr do Sol, deflagrada na região de Cascavel, revelou um esquema criminoso que irá fazer você questionar a energia do sol.
A promotora de Justiça, Juliana Vanessa Stofela da Costa, anunciou que o que parecia ser um simples caso de receptação de painéis solares furtados, desvendou um esquema sofisticado de tráfico de drogas e lavagem de dinheiro.
De acordo com a promotora, o grupo criminoso, com base em Toledo, era especializado no tráfico de grandes quantidades de maconha para outros estados, principalmente o Rio de Janeiro. Um dos alvos do grupo foi preso em flagrante no Rio, com uma carga destinada ao Comando Vermelho.
A investigação revelou que o grupo utilizava várias pessoas físicas e jurídicas para lavar dinheiro, incluindo empresários e residentes de outros estados do Nordeste.
A operação também realizou buscas em Cascavel, Medianeira, Varza Grande e Mato Grosso.
Dois policiais militares em Toledo foram identificados como parte da organização. Eles teriam recebido veículos e dinheiro do grupo criminoso para evitar a localização de cargas de entorpecentes. O transporte de drogas era feito em caminhões frigoríficos, com a droga escondida entre carnes.
A promotora afirmou que a organização era liderada por uma família residente em Toledo, com cerca de seis membros próximos à liderança. No entanto, devido à lavagem de dinheiro por meio de vários depósitos fracionados, o número de investigados é muito maior.
Um dos foragidos é um empresário civil, com mandado de prisão preventiva expedido. Os policiais detidos serão encaminhados para o 29º Batalhão, em Curitiba.
A promotora também confirmou que a investigação inicial começou com a receptação de uma carga de painéis solares roubada em Minas Gerais.