Marcelo Piloto é extraditado do Paraguai para o Brasil
No sábado (17), Marcelo Piloto esfaqueou 17 vezes na cela em que estava uma jovem que foi visitá-lo
Por Catve |
Postado em: 19/11/2018 - 09:32
O brasileiro Marcelo Pinheiro Veiga, o Marcelo Piloto, acusado de tráfico internacional, falsidade ideológica e homicídios, foi extraditado nesta segunda-feira (19) do Paraguai para o Brasil.
O traficante foi levado pelo Grupo Aeronautico da Força Aérea Paraguai por volta das 5h05. O criminoso foi levado até o aeroporto da Itaipu Binacional do lado Paraguaio. De lá, equipes da Polícia Federal seguem via terrestre para buscá-lo.
Traficante confesso, Marcelo Piloto fugiu do Brasil depois de ser condenado a 26 anos de reclusão, é considerado um dos líderes do Comando Vermelho.
A extradição do brasileiro foi cercada de sigilo e segurança envolvendo três barcos de patrulha das Forças Operacionais Especiais de Polícia (FOPE), segundo a imprensa do Paraguai.
No último sábado (17), ele assassinou uma jovem em sua própria cela na Associação Especializada da Polícia Nacional para impedir sua extradição.
Depois de matar a jovem Lídia Meza, o advogado de defesa do piloto, Jorge Prieto, alegou que seu cliente deveria permanecer no Paraguai para combater a pena pelo homicídio, de modo que se presume que seja uma "estratégia" a não ser enviada ao país vizinho
Piloto foi preso na cidade de Encarnación, no Paraguai, em 2017, após a descoberta que estava usando documentos falsos.
O presidente do Paraguai, Mario Abdo Benítez, confirmou em nota nesta segunda-feira a expulsão de Marcelo Pinheiro e enfatizou que tomou a decisão usando seus poderes porque não queria esperar pelo processo de justiça para a extradição.
"Eu decidi expulsá-lo do país e eu assumo as conseqüências. Eu não queria esperar pelo processo de justiça. Nós temos essa atribuição ", disse o chefe de Estado, para a mídia.
Através de sua conta no Twitter, o presidente também confirmou a expulsão e ressaltou que foram quatro tentativas de fuga de Piloto e todas foram abortadas e que o Paraguai não deveria ser uma terra de impunidade para ninguém.
Ele argumentou que o suposto chefão foi transferido do Grupo Especializado às 0 hora para a unidade militar do aeroporto Silvio Pettirossi e enviado ao aeroporto de Itaipu, onde as autoridades brasileiras estavam esperando por ele.