Um caso grave de violência doméstica foi registrado na terça-feira (16) em Toledo. A Polícia Militar foi acionada para atender uma ocorrência na Rua Ângela Fornari, onde havia indícios de agressão dentro de uma residência.
No local, os policiais constataram janelas e portas danificadas, além de marcas de sangue em paredes e pisos. Na garagem, havia chumaços de cabelo cortado próximos a uma cadeira, o que reforçou a suspeita de um crime em andamento.
A equipe realizou adentramento tático e abordou um homem de 42 anos dentro da sala da casa. Em consulta ao sistema policial, foi identificado que havia contra ele um mandado de prisão em aberto. O suspeito foi detido e, durante conversa com os militares, admitiu ter discutido e agredido sua convivente, além de cortar os cabelos dela.
O homem levou a polícia até a Rua Felipe Camarão, onde estaria a vítima. No endereço, os policiais encontraram uma mulher de 36 anos ensanguentada, com hematomas no rosto, braços e pernas. Ao notar a presença da equipe, ela tentou fugir, mas acabou sendo contida na Rua Mem de Sá, cruzamento com a Rua Vasco da Gama.
Em estado de choque e resistente à abordagem, a vítima só aceitou relatar os fatos após a chegada de uma policial feminina. Ela contou que a discussão começou por ciúmes de um possível caso extraconjugal e que, durante o conflito, o agressor chegou a arremessar celulares contra o filho dela, uma criança de apenas 1 ano de idade.
Na sequência, a mulher foi brutalmente agredida com socos, chutes e pauladas, na presença do filho. O suspeito ainda a colocou em uma cadeira na garagem, cortou seus cabelos em público e gritou a transeuntes que ela seria “um exemplo”.
Devido à gravidade dos ferimentos, o SAMU foi acionado e prestou os primeiros atendimentos ainda na 20ª Subdivisão Policial. A vítima foi encaminhada à UPA de Toledo, onde permanece internada com diversas fraturas na face e nos braços.
Durante a ocorrência, o homem ainda tentou subornar os policiais, oferecendo dinheiro em espécie ou transferência via Pix. Ao ter a proposta recusada, passou a se vangloriar por ser batizado em uma facção criminosa (PCC) e fez ameaças contra os militares e suas famílias, afirmando que iria atrás deles quando fosse solto.
Diante de todos os fatos, ele foi encaminhado à Delegacia da Polícia Civil de Toledo para as devidas providências.