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Mãe biológica e o namorado fugiram levando a menina Ágata em Cascavel
Menina estava acolhida e seguia para processo de adoção
Por Catve | Postado em: 12/01/2024 - 16:33

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O Secretário de Assistência Social do Município, Hudson Moreschi, falou sobre o caso da Ágata Sofia Saraiva, menina de três anos que foi raptada no bairro Santa Cruz em Cascavel, no Oeste do Paraná. A criança estava em acolhimento desde o nascimento e agora seria encaminhada para adoção depois de passar pelo processo de destituição do poder familiar.

O caso aconteceu na quinta-feira (11) na rua Nhambiquaras no bairro Santa Cruz. A vítima estava brincando na calçada, quando foi colocada dentro de um carro.

O secretário Hudson, comentou que a menina está acolhida desde o nascimento onde é acompanhada e monitorada. Ele comenta o motivo desse acolhimento familiar.

"A família biológica não apresentava condições de estar zelando, cuidando, dando carinho, amor e respeito à essa criança e a colocando em risco. Por esse motivo então ela foi acolhida, protegida, na modalidade acolhimento familiar e assim estava até ontem quando infelizmente tivemos esse episódio, esse crime em que suspeita-se que foi a própria mãe biológica junto com o namorado que cometeram esse crime", afirmou.

Com relação à família biológica, Hudson comentou que a mãe tinha características de violação de direitos, mas não disse quais, pois há sigilo no processo. Ele seguia para o processo de adoção.

Hudson Moreschi disse que assim que o crime foi relatado, houve o registro de boletim de ocorrência e de imediato foram iniciadas as buscas por quem teria cometido o crime. Foi neste momento que houve as suspeitas com relação a mãe e o namorado dela.

"Posteriormente isso se efetiva quando se descobre que o veículo suspeito é do pai do namorado da mãe biológica", afirmou.

Com relação à responsabilização da família acolhedora, o secretário explica que ela não deve ser responsabilizada.

"De forma alguma essa família venha a ter cometido qualquer crime de negligência, abandono, dessa criança que estava acolhida".

Neste momento há pelo menos 200 crianças e adolescentes em situação de acolhimento em Cascavel. Elas são levadas a essas casas quando identificado uma violação de direito.

Nesse ambiente de proteção eles fazem trabalho técnico através da Assistência Social e psicólogos, para buscar devolver esse menor à família de origem, quando é possível identificar há segurança e garantia que ela estará bem.

"Quando não há, é feito esse acompanhamento, esse trabalho e aí é possível inclusive que nós tenhamos que junto ao judiciário definir a destituição familiar. A destituição é quando não há condições da família biológica garantir os direitos dessa criança e adolescente", explicou

Após essa destituição, é iniciado um processo junto ao judiciário, um processo distinto, que é o de adoção.

"Era o caso da Agata que estava já no processo destituição e seguiria para um processo de adoção visto que infelizmente não se identificou condições técnicas de se garantir o direito dessa criança/adolescente junto à mãe biológica"

O secretário disse que foi registrado foi um crime de rapto, pois a criança foi retirada sem autorização de um ambiente de acolhimento, de proteção, definido pelo judiciário.

Já com relação ao endereço da família acolhedora de Agata, ele explica que é possível que a família biológica tenha monitorado e encontrado a localização.

não necessariamente com a mesma família

NOTA SESPPRO

Sobre o provável rapto da menina Ágata Saraiva, ocorrido na data de ontem (11), em conjunto com a Polícia Militar, a Guarda Municipal de Cascavel, com base nas informações apuradas junto aos envolvidos, conclui que a principal suspeita seria a própria mãe biológica da criança, que estaria envolvida no fato, tendo em vista a sua destituição do poder pátrio pelo Poder Judiciário.

O carro utilizado é de propriedade do pai do atual companheiro de Emilly Saraiva (mãe biológica) e foi localizado na propriedade do genitor. O veículo foi apreendido e conduzido à autoridade policial. Sabe-se que o mesmo veículo teria sido utilizado por seu filho das 16h até às 20h, quando foi devolvido ao pai.

Desse modo, por tratar-se de um procedimento investigatório em andamento e pela natureza dos fatos, ou seja, o envolvimento de uma criança, e por uma questão organizacional, as informações serão centralizadas junto à autoridade policial.

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