O delegado Ian Leão, da Polícia Civil do Paraná, falou nesta manhã de terça-feira (25) sobre o resultados do laudo pericial sobre o incêndio que destruiu apartamento no 13º andar do Edifício João Batista Cunha, na Rua Riachuelo, no centro de Cascavel.
As equipes do GDE (Grupo de Diligências Especiais) foram ao local para fazer os levantamentos iniciais e a partir das informações colhidas foram levantadas algumas hipóteses, considerando o crime de incêndio.
A partir disso, foram avaliados os históricos das vítimas, das pessoas que estavam envolvidas e hipóteses foram descartadas.
"Conforme foi dada algumas entrevistas no decorrer dessas semanas tudo levava a crer de fato que existia possibilidade de existir um incêndio acidental sem ação ou omissão voluntária dirigida a uma determinada finalidade", explicou
Após a liberação, no dia seguinte um perito foi direcionado ao local, fez o laudo e saiu o resultado na última sexta-feira e foi disponibilizado a Polícia Civil na segunda-feira (24).
"A conclusão do perito [...] a probabilidade de ter sido iniciado o incêndio na cozinha, na parte anterior, que estava mais próxima da geladeira e de um armário. Não foram encontrados elementos elétricos que possibilitassem a realização da constatação ou não da ocorrência de curto-circuito. E também não foram encontrados focos múltiplos de incêndio e uso de agentes acelerantes, o que afasta um incêndio doloso".
SOBRE O CASO
Três pessoas estavam no apartamento no momento do incêndio. O caso ganhou repercussão nacional após as imagens mostrarem Juliane Suellem Vieira dos Reis retirando a mãe, Sueli Vieira dos Reis, e o primo, Pietro José Dalmagro, em meio à fumaça.
Diversas equipes do Corpo de Bombeiros foram mobilizadas e a torre 1 do residencial precisou ser evacuada. Vizinhos e populares se arriscaram pra tentar salvar vidas até a chegada do Corpo de Bombeiros.
Juliane apareceu em cima da estrutura de ar-condicionado tentando salvar as outras vítimas. Com a ajuda de vizinhos, Juliane conseguiu retirar mãe e criança pela janela e passá-las para o apartamento do andar de baixo.
Na sequência ela retornou ao apartamento em chamas e foi retirada por bombeiros que também sofreram ferimentos.
Sueli recebeu alta hospitalar no dia 26 de outubro para continuar o tratamento em casa. O Pietro deixou o hospital após 15 dias internado. O sargento Edemar de Souza Migliorini, que sofreu queimaduras durante o resgate, também foi liberado.
Juliane Suellem Vieira dos Reis segue em atendimento no Centro de Tratamento de Queimados do Hospital Universitário em Londrina.