O Ministério Público, através da 2ª Promotoria de Justiça, ofereceu nova denúncia contra advogado de Marechal Cândido Rondon, dessa vez por graves crimes praticados contra sua ex-mulher. Os mencionados crimes, descritos na denúncia, teriam ocorrido entre os anos de 2017 a 2021, tendo o Ministério Público imputado ao acusado a prática de tortura, estupro (este, por diversas vezes) e lesão corporal.
O Promotor de Justiça Caio Di Rienzo afirma que o Ministério Público requereu à Justiça Criminal medidas cautelares diversas da prisão que, acaso descumpridas, ensejarão a imediata prisão preventiva do denunciado, pontuando o promotor que o advogado encontra-se com sua OAB suspensa por decisão judicial. Dentre as medidas, o Promotor cita o recolhimento domiciliar no período noturno (proibição de sair de sua casa das 19h as 6h) e a monitoração eletrônica. (Uso de tornozeleira).
Há duas semanas, o Ministério Público já havia requerido a suspensão cautelar das funções do advogado, o acusando de valer-se da profissão para cometer inúmeros crimes.
Segundo a representação distribuída pelo Ministério Público, há fartos elementos apontando que o advogado, condenado por crimes como furto qualificado, supressão de documentos, apropriação e estelionato (estes últimos contra seus próprios clientes), se utiliza da advocacia para cometer crimes graves. Como se não bastasse, a promotoria ainda aduziu que o advogado responde a outros crimes, dentre os quais fraude processual, violência doméstica e familiar contra mulher e patrocínio simultâneo.
O Promotor de Justiça Caio Di Rienzo apontou naquela oportunidade que, em um dos casos, o advogado teria atuado simultaneamente como advogado dos pais de uma vítima de estupro de vulnerável e do réu deste estupro. Na ocasião, os pais da vítima, de boa-fé, acreditando que ele estaria atuando em favor deles, teriam entregado ao advogado um celular, contendo mensagens trocadas entre a adolescente e o réu, as quais evidenciariam a ocorrência do crime, mas ele, também atuando em favor do réu, teria desaparecido com dito aparelho, sendo, evidentemente, denunciado pelo Ministério Público.
Por fim, a 2ª Promotoria de Justiça informa que a OAB já cumpriu a decisão judicial, suspendendo o advogado das funções e que (reitera o Promotor de Justiça), em caso de descumprimento das novas medidas cautelares impostas, o Ministério Público promoverá pela prisão preventiva imediata.