O homem de 29 anos que forjou suicídio da esposa Ingrid Karine Saldanha Openkoski, de 19 anos, deu um celular para distrair o filho de três anos enquanto a matava, de acordo com o delegado de Polícia Civil Fabiano Moza.
O delegado afirmou ainda que o suspeito que não teve nome revelado, também ligou a televisão para distrair a criança.
“Acreditamos ser um crime premeditado. Ingrid estava com o cabelo molhado, então foi logo após o banho”, afirmou o delegado.
Ingrid foi encontrada morta em 7 de julho enforcada dentro do banheiro do apartamento em que morava, no Conjunto Riviera, em Cascavel, no oeste do Paraná.
Segundo Moza, no depoimento o homem confessou o crime e riu ao imitar a jovem que, já agonizando, ainda tentava respirar. "Ele foi bem frio na descrição do crime", frisou o delegado.
O suspeito simulou suicídio da mulher e ligou para a polícia para informar o crime. Depois disso, viajou para Curitiba, onde estava na casa do irmão, segundo o delegado.
O casal tem dois filhos: um de um ano e três meses e um de três anos. O mais velho estava no apartamento no momento do crime, conforme a polícia.
Casal estava em processo de separação
No total, 14 pessoas foram ouvidas, entre familiares, vizinhos e amigos do casal. Segundo relatos de pessoas próximas, Ingrid e o suspeito estavam em processo de separação.
O delegado afirmou que após perceber que testemunhas tinham conversado com a polícia, o homem trocou o seu depoimento e confessou o assassinato.
Segundo dados do Ministério Público do Paraná (MPPR), em 2022 foram registrados 274 casos de feminicídio ou tentativa de feminicídio no Estado.
De 2019 a 2022, foram 314 feminicídios e 911 homicídios dolosos contra mulheres.