Os sete haitianos vítimas da explosão no silo da cooperativa agroindustrial da C.Vale foram enterrados em Palotina durante a tarde desta sexta-feira (28).
A chegada dos corpos das vítimas no Cemitério Municipal de Palotina foi marcada com quatro veículos funerários, muitos familiares e amigos reunidos com flores.
A Embaixada do Haiti, que representa o país no Brasil, viajou ao Oeste paranaense para acompanhar o caso. Merveus Judin, Conselheiro da Embaixada, e o assessor/tradutor, Emanuel Predestin, conversaram com a CATVE de Cascavel.
Em francês, uma das quatro línguas oficiais do Haiti, afirmam que irão passar pelo momento difícil com as famílias e também querem se reunir com os responsáveis da empresa para verificar como eram as condições de segurança no trabalho.
Também mencionam que irão confirmar se as pessoas que se dizem parentes das vítimas são mesmo familiares. "A embaixada tem compromisso antes de enterrar as pessoas ver as que se apresentam como responsáveis, ver os documentos".
Quem são as vítimas?
Haitianos | Brasileiro |
Michelet Louis, de 41 anos; Jean Michee Joseph, de 29 anos; Jean Ronald Calix, de 27 anos; Donald ST Cyr, de 24 anos; Alfred Lesperance, de 44 anos; Eugênio Metelus, de 52 anos; Reginald Gefrard, de 30 anos. |
Saulo da Rocha Batista, de 53 anos. |
Dimensão da série de explosões
Nos vídeos captados por drones, é possível perceber do alto a dimensão dos estragos nos três armazéns e na área de descarregamento, com tombadores e elevadores de produtos. No pátio, dá para ver muitas toneladas de milho esparramadas. A unidade recebe a safra de agricultores de toda a região. Grãos que passam por secagem e são armazenados.
Os dois primeiros barracões — onde são armazenados os grãos — foram os mais afetados pelas explosões. E, justamente nessa área, segundo o Corpo de Bombeiros, as buscas são realizadas para resgatar a última vítima que está soterrada sob 10 toneladas de grãos de milho.
"Os trabalhos no momento são referentes a retirada do volume de grãos de milho do silo 3 para que se garanta acesso até a última vítima. A retirada do milho é realizada de maneira mecânica de forma lenta e gradual e não será interrompida até o encerramento da operação", relata o major Zajac.