Um exame de DNA feito no sangue coletado no banheiro da casa de Edivan da Silva Almeida, de 51 anos, que foi esquartejado e teve os restos mortais queimados em uma churrasqueira, comprovou que o material era dele. O crime foi em fevereiro deste ano, em Toledo, oeste do Paraná.
O resultado foi divulgado nesta quarta-feira (23) pela Polícia Civil. A suspeita é a esposa da vítima, a técnica de enfermagem Taciana Ferreira da Silva, de 49 anos. Ela foi presa um mês depois, e continua detida na Cadeia Pública de Corbélia.
O exame foi feito junto com a Polícia Científica da Paraíba, onde Edivan nasceu. Os peritos localizaram o filho dele, que mora no estado, e coletaram amostra para confronto com o sangue encontrado no banheiro.
Segundo a Polícia Civil, o resultado do DNA confirma que o homem foi esquartejado antes de ter os pedaços do corpo queimados na churrasqueira.
Em nota, a defesa de Taciana disse que a versão da polícia “vai em desencontro com o resultado do laudo pericial, uma vez que os vestígios de sangue somente foram encontrados em pequenas quantidades, não podendo auferir de que a vítima realmente fora esquartejada”.
O delegado Fábio Freire, responsável pelo caso, disse na época que a mulher matou o marido depois de ter descoberto uma traição da parte dele.
Ela informou que o crime não foi planejado, mas que agiu por excesso de fúria. De acordo com a polícia, Taciana colocou comprimidos na bebida que o marido estava tomando, fazendo com que ele passasse mal.
Ela ligou para a emergência, mas, conforme as investigações, desligou o telefone no meio da conversa. Na sequência, colocou mais remédios na bebida para o marido ingerir e, na sequência, saiu para trabalhar.
Segundo o inquérito, Taciana voltou para casa verificar o batimento cardíaco da vítima e notou que estava fraco. Ela saiu novamente para ir ao trabalho. No final do expediente, ao chegar em casa, encontrou Edivan morto na cama.
Taciana Ferreira da Silva foi denunciada pelo Ministério Público por homicídio qualificado e ocultação de cadáver. A acusação foi aceita pela Justiça.