A Polícia Civil do Paraná (PC-PR), com apoio da Polícia Federal (PF), prendeu em flagrante nesta quarta-feira (9) em Foz do Iguaçu, no oeste do Paraná, um jovem suspeito de abusar de mais de 300 crianças e de alguns adolescentes.
De acordo com a corporação, ele é estudante de Psicologia e tem 26 anos. As investigações contaram com apoio de autoridades dos Estados Unidos e mostram que o jovem usava jogos online para atrair as vítimas.
O suspeito foi preso em uma quitinete na Vila Portes; o g1 tenta contato com a defesa dele. A polícia afirma que o caso tramita sob sigilo e que, por enquanto, não há autorização da Justiça para divulgar o nome do estudante.
São investigados crimes de estupro de vulnerável, estupro virtual de vulnerável, produção, armazenamento e compartilhamento de pornografia infantil e aliciamento de criança para a prática de atos libidinosos. Na ação desta quarta também foi cumprido um mandado de busca e apreensão.
O delegado Rodrigo Colombelli, da Divisão de Investigações sobre Narcóticos (Denarc) da Polícia Civil, explica que na casa do suspeito peritos analisaram equipamentos como computador e celular e encontraram conteúdo considerado pornografia infantil.
Colombelli detalha que os policiais precisaram arrombar a porta da quitinete onde o suspeito estava com o objetivo de agir antes que o jovem pudesse destruir provas, por exemplo. No imóvel também foram encontradas mercadorias contrabandeadas do Paraguai.
A corporação afirma que as investigações foram realizadas através de técnicas de investigação cibernética e de intensiva tecnologia. Entre as vítimas há crianças brasileiras e estrangeiras.
O delegado Marco Smith, da Polícia Federal em Foz do Iguaçu, explica que a corporação tem ferramentas de monitoramento de crimes online que ajudaram a chegar ao suspeito.
De acordo com ele, o suspeito usava jogos online para chegar até as vítimas.
"Um alerta bastante sério aos pais e responsáveis pelas crianças, porque esse rapaz conseguia as imagens e conseguia aliciar essas crianças e adolescentes através de jogos eletrônicos. Vários desses jogos eletrônicos permitem que o jogador passe a outro itens colecionáveis, moedas virtuais, presentes e esse rapaz usava desse subterfúgio para convencer as crianças a lhe mandar imagens. [...] Os pais têm que monitorar as atividades dos seus filhos online."