O delegado Daniel Martarelli, da Polícia Federal, falou na manhã desta quarta-feira (23) sobre a morte de Elias Maluco, no presídio de segurança máxima de Catanduvas.
O exame pericial na cela que o detento foi encontrado morto foi realizada por peritos da Polícia Federal de Foz do Iguaçu. No local foram apreendidas cartas escritas por Elias Maluco, segundo o delegado, direcionadas à família como forma de despedida.
"Ele diz que não tinha mais vontade de viver, pediu perdão para a família e que estava pronto para o ato", descreveu o delegado sobre o conteúdo das cartas.
A Polícia Federal investiga a morte, oitivas já foram realizadas com os agentes penitenciários, além disso, câmeras de monitoramento foram analisadas, mas o delegado diz que o caso é tratado como suicídio, descartando a possibilidade de que o detento foi morto por terceiros.
O delegado Daniel Martarelli afirmou que Elias Maluco não demonstrava comportamento ruim dentro da penitenciária. A cela em que ele estava era organizada. O detento foi encontrado pendurado com um lençol no pescoço.
O laudo preliminar do IML (Instituto Médico-Legal) aponta morte por enforcamento, porém o resultado é provisório até o laudo definitivo.
O corpo de Elias Maluco permanece no IML de Cascavel e só deve ser liberado com a autorização de familiares. De Cascavel o corpo deve ser transferido ao Rio de Janeiro, onde será velado e sepultado.
Sobre Elias Maluco:
Elias Pereira da Silva, mais conhecido como Elias Maluco, foi preso em 19 de setembro de 2002, acusado do assassinato do jornalista Tim Lopes. Ele é considerado um dos maiores traficantes de drogas do Rio de Janeiro. Elias, que também é apontado como um dos líderes do Comando Vermelho, tinha 54 anos e era acusado pela morte de mais de 60 pessoas.