O baixo número de policiais nas forças militares do Estado do Paraná, tem gerado um grande descontentamento da classe, que cobra também a reposição salarial que tem direito.
Os números são vergonhosos.
Os policiais militares estão há mais de 06 anos sem reposição inflacionária, totalizando uma perda salarial de 35%.
A realização de novos concursos para a contratação de policiais militares está parada há 8 anos.
O efetivo do 19° Batalhão da Policia Militar com sede em Toledo – da qual faz parte a Segunda Companhia de Marechal Rondon, já atinge um déficit de 59%; enquanto que no Estado do Paraná, o efetivo registra uma defasagem de 40%.
Muitos profissionais são obrigados a trabalhar em escalas extras, para não fechar as portas dos Destacamentos da Policia Militar e deixar a população na mão.
A situação é bastante critica em municípios da região lindeira por exemplo, onde em Destacamentos pequenos, apenas dois policiais estão lotados e cada um cumpre escala de 24 horas: enquanto um policial trabalha o dia inteiro, o outro folga, para no dia posterior assumir o serviço e também trabalhar 24 horas, sem parar.
O problema maior se dá quando da necessidade de apoio, ou em operações e situações onde há necessidade do emprego de mais policiais.
Não é so a Policia Militar que sofre com a falta de policiais: a Policia Rodoviária Estadual vive a mesma situação.
Em postos da região de Marechal Rondon, a falta de efetivo tem comprometido ações e até mesmo o bom funcionamento da estrutura policial.
Há situações em que até o comandante do posto tem tirado escala, ou seja, a escala de 24 horas é cumprida apenas por um militar e o revezamento é exaustivo.
Além da falta de efetivo, a classe militar também está revoltada com a não reposição salarial, pois os reajustes que são garantidos por lei não foram repassados pelo Governo do Estado.
Segundo alguns militares, as promessas continuam, mas até agora, não há efetividade pelo compromisso assumido pelo Governo do Estado.
Enquanto isso, os policiais militares lotados na PM e na Policia Rodoviária Estadual seguem trabalhando de forma exaustiva – devido ao baixo número de policiais, somado ao descontentamento da questão salarial.