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Caso Isis: Justiça vai ouvir 18 testemunhas relacionadas a desaparecimento de adolescente grávida no Paraná
Isis Victoria Mizerski, de 17 anos, sumiu em junho. Marcos Vagner de Souza, apontado como pai do bebê, é réu por assassinato.
Por G1 Paraná | Postado em: 21/10/2024 - 17:40

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A Justiça vai ouvir 18 testemunhas relacionadas ao desaparecimento de Isis Victoria Mizerski. A adolescente de 17 anos estava grávida quando sumiu em junho em Tibagi, nos Campos Gerais do Paraná, após sair para encontrar Marcos Vagner de Souza, apontado como pai do bebê.

Apesar de o corpo dela não ter sido encontrado, a Polícia Civil acredita que ela foi assassinada. Marcos está preso e é réu por homicídio triplamente qualificado, ocultação de cadáver e aborto provocado sem o consentimento de Isis. Ele diz ser inocente.

Nesta segunda-feira (21) iniciam as audiências de instrução e julgamento do caso, momento em que serão colhidos depoimentos das partes e de testemunhas para produzir as chamadas "provas orais".

16 testemunhas de acusação e duas testemunhas de defesa estão previstas para depor entre segunda (21) e sexta-feira (25).

O réu Marcos Vagner de Souza vai acompanhar todas as audiências e será interrogado no final de todas elas. Na sequência, os advogados dele e da família de Isis terão 20 minutos cada para expor a tese de defesa.

A intenção é que, no final de todo este processo, o juiz designado ao caso decida se o julgamento irá a júri popular ou não.

De acordo com o delegado Matheus Campos Duarte, Isis e Marcos tiveram relações sexuais entre abril e maio de 2024 e a adolescente engravidou do vigilante.

Semanas depois, ela começou a desconfiar da gestação e no dia 3 de junho contou para Marcos das próprias suspeitas, afirma o delegado. As investigações apontam que ele pediu que ela fizesse um teste, que confirmou a gravidez.

O delegado afirma que os dois saíram para se encontrar no dia 6 de junho - e desde então, Isis não foi mais vista.

As investigações reuniram imagens de câmeras de segurança que mostram Marcos em uma farmácia dois dias antes do sumiço. Três testemunhas afirmaram, em depoimento, que ele as procurou para tentar comprar remédios abortivos.

Vídeos e registros da localização do celular de Marcos na noite do desaparecimento e nos dias seguintes também contribuíram para aumentar as suspeitas de crimes.
Processo na Justiça

O inquérito foi finalizado no começo de agosto.

Quando a Polícia Civil anunciou o indiciamento do homem, o delegado Matheus Campos Duarte comparou o caso de Isis ao de Eliza Samudio.

Ela desapareceu em 2010 e nunca teve o corpo encontrado. Apesar disso, acusados de envolvimento no crime foram condenados - incluindo o ex-goleiro Bruno Fernandes.

Marcos Vagner de Souza virou réu na Justiça por três crimes, todos no âmbito da violência doméstica:

  • Homicídio triplamente qualificado (por feminicídio, dissimulação e motivo torpe);
  • Ocultação de cadáver;
  • Aborto provocado sem o consentimento da vítima.

Desde o início das investigações, a defesa de Marcos nega que ele tenha envolvimento em algum crime relacionado ao desaparecimento de Isis.

A Polícia Civil destaca que quem tiver informações sobre vestígios do paradeiro da adolescente pode fazer denúncias anônimas através dos telefones 197, da corporação, ou 181, do Disque-Denúncia.

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