Integrantes da Secretaria de Assistência Social de Marechal Cândido Rondon, entre eles a secretária Josiane Laborde Rauber, estiveram em Cascavel realizando uma visita técnica a casa abrigo para mulheres daquele município, a fim de realizar os ajustes finais para que o projeto entre em funcionamento no município rondonense. Conforme projeto de lei, o espaço em Marechal Cândido Rondon foi denominado de Casa de Acolhimento de Mulheres Vítimas de Violência Edna Storari e tem característica de domicílio. Sua localização deve ser sigilosa, já que acolherá mulheres que sofreram ou estão sendo ameaçadas de violência, e seus agressores não poderão saber o paradeiro dessas vítimas.
A Secretaria de Assistência Social já vem trabalhando na organização do espaço há algum tempo, estruturando com móveis, eletrodomésticos e, principalmente, viabilizando profissionais qualificados para atuarem na casa, através de processo seletivo. “A estrutura humana, na função de cuidadores, é que demandou de mais tempo para ser viabilizada, atendendo aos trâmites legais. De 2021 até 2024 foram realizados quatro processos seletivos. Em 2021, 17 candidatos se habilitaram (foram chamados) e somente um cumpriu o contrato de dois anos, atuando na Casa Lar, com crianças. Em 2022, 7 candidatos passaram no processo, e somente uma atuou por dois anos. Já em 2023, 10 pessoas foram habilitadas e novamente apenas uma assumiu. Já neste ano, 19 candidatos foram aprovados e a 17ª assumiu. Necessitamos de profissionais para a casa de acolhimento para mulheres e para a casa lar. A realidade do trabalho nesses espaços, faz com que as pessoas desistam da vaga. Mas no momento, há profissionais suficientes”, destacou a secretária Josiane.
A secretária relatou que a visita, nesta semana em Cascavel, foi muito produtiva. A diretora do espaço relatou como o trabalho é realizado e como as vítimas de violência são atendidas. “É um serviço que objetiva oferecer acolhimento provisório para mulheres adultas, que tenham sofrido violência doméstica, sofrimento físico, sexual, psicológico ou moral, entre outras, e que precisam se afastar de casa por sofrerem ameaças e correrem risco de morte. Elas podem ser acolhidas juntamente com seus filhos. As acolhidas só sairão da casa quando não estão mais em situação de risco e voltam a ter segurança novamente. O abrigamento é considerado uma medida radical de proteção da vida da mulher, mas que muitas vezes é necessária”, destacou Josiane.
A secretária mencionou ainda que além da garantida à proteção física e emocional da mulher e seus dependentes, através da casa de acolhimento será realizada a articulação com a rede de serviços da assistência social, como Ministério Público, Núcleo Maria da Penha (NUMAPE), Conselho Municipal da Mulher Rondonense (COMMUR) e Delegacia da Mulher. “O projeto visa garantir a superação da situação de violência vivida, por meio do resgate da autonomia dessas mulheres e a inclusão produtiva no mercado de trabalho. O acesso ao acolhimento será realizado por meio do Centro de Referência Especializado de Assistência Social (CREAS)”, relatou Josiane.