Douglas Felipe Romanovski, que confessou ter assassinado Maria Auxiliadora da Silva de Souza, de 78 anos, e o filho dela, o empresário Fábio José de Souza, de 46, disse em depoimento que está sendo assombrado pelos fantasmas das vítimas da cela. O crime aconteceu em Almirante Tamandaré, na Região Metropolitana de Curitiba.
Douglas matou e esquartejou mãe e filho, e colocou partes dos corpos dentro de uma geladeira. A Polícia Civil indiciou o rapaz por três crimes: duplo latrocínio, ocultação de cadáveres e fraude processual.
Preso desde 22 de agosto, Douglas relatou que está convivendo com os fantasmas de Maria e de Fábio e, por isso, confessou os crimes. O depoimento foi exibido em uma reportagem da Ric Record.
“Eu vou ser bem sincero com vocês sobre uma coisa que estava me atormentando. Eu pensei que iria parar de me atormentar e não parou. Desde que eu matei, eu via o Fábio e a dona Maria toda hora falando comigo”, detalhou.
Douglas contou à delegada Vanessa Cristina que acreditou que os fantasmas iriam embora depois que ele confessasse o que fez, mas isso não ocorreu.
“Quando eu entreguei os corpos, a Dona Maria sumiu. Ela parou de ficar ali falando. Só que o Fábio ainda não parou. Na real, ele está aqui comigo agora. Daí eu queria falar a real uma coisa, uma verdade, eu não esquartejei e nem joquei no rio, eu enterrei o restante do corpo do Fábio”, revelou.
O crime
As investigações apontam que a morte de Fábio aconteceu no dia 17 de junho e a de Maria Auxiliadora, 24 de junho.
No dia 12 de setembro, partes dos corpos das vítimas foram encontrados em uma geladeira. O tronco de Maria Auxiliadora estava em uma mala, enquanto as demais partes, exceto o tronco de Fábio, foram encontradas na geladeira.
Douglas foi ouvido cinco vezes durante a investigação e apresentou versões divergentes até confessar os crimes. O indiciamento por fraude processual ocorre porque a polícia concluiu ele usou artifícios, incluindo inteligência artificial, para simular que uma das vítimas estaria viva em outra cidade.
Para a Polícia Civil, o crime foi motivado por interesse patrimonial.