Na noite desta segunda-feira (28), quatro homens fortemente armados chegaram a um estabelecimento rural de colonos brasileiros no bairro Gleba 2, Mbaracayú, Departamento do Alto Paraná, no Paraguai, em frente ao município brasileiro de Santa Helena-PR e levaram Silvio Fiedler, 45 anos, filho do proprietário do imóvel.
“Às 20h, chegaram de carro três a quatro pessoas. “Amarraram o homem e o filho”, disse o comissário Miguel Pérez, chefe de Prevenção do Alto Paraná, à Rádio Monumental 1080 AM.
Os criminosos tomaram a decisão de levar o produtor porque não encontraram dinheiro no local, segundo autoridades.
“Inicialmente pediram 5.000 dólares e, quando a família recusou, procederam ao sequestro do filho do dono da casa”, disse a procuradora Zunilda Ocampos.
Segundo relatos, os sequestradores fugiram em um veículo, mas, devido à escuridão da noite, não foram identificadas características específicas do carro, informou o correspondente do Última Hora, Wilson Ferreira.
Horas depois, às 23h, a família recebeu uma ligação dos sequestradores que solicitavam a quantia de US$ 30 mil para libertá-lo, conforme confirmado pelo agente do Ministério Público.
O pai do sequestrado foi quem recebeu a comunicação dos sequestradores, que lhe disseram que tinha até às 18h desta terça-feira para entregar o dinheiro do resgate. Era uma voz masculina que falava com sotaque brasileiro, segundo o promotor.
A investigação sugere que o grupo, possivelmente composto por cidadãos brasileiros, atuou em uma área sem vigilância ou câmeras de segurança, o que dificulta os esforços de busca e monitoramento na extensa área rural onde ocorreu o incidente.
Por protocolo, o Ministério Público solicitou a fiscalização das contas bancárias da família para evitar pagamentos não autorizados, embora a família continue livre para decidir se procede à entrega do dinheiro.
Todos os recursos necessários, inclusive unidades de rastreamento e vigilância, foram acionados na região de Mbaracayú. Os investigadores continuam acompanhando o caso, aguardando qualquer nova comunicação.
Os policiais que exercem funções na área, juntamente com os seus colegas do Departamento Antissequestro, que viajaram desde Assunção, já estão realizando as primeiras investigações para encontrar os sequestradores, explicou o Comissário Pérez.
O comissário Édgar Galeano Mato pede aos cidadãos que denunciem qualquer atividade suspeita dentro e ao redor da área para que a polícia possa agir com rapidez e precisão.