Após um ano de investigações, o caso das mortes da estudante e Miss Altônia Bruna Zucco, e do empresário Valdir Feitosa, continua sem solução. Os corpos das vítimas foram encontrados carbonizados no dia 22 de março de 2018 em uma estrada rural de Altônia, no noroeste do Paraná.
A Polícia Civil começou as investigações com os corpos encontrados carbonizados em uma picape que estava em uma estrada rural próxima da PR-490. No mesmo dia, a estudante e o empresário foram dados como desparecidos. A polícia desconfiou que as vítimas seriam eles.
A Polícia Civil cumpriu mandados de busca e apreensão relacionados ao caso. As investigações contaram com apoio do Centro de Operações Policiais Especiais (Cope) de Curitiba. Celulares foram apreendidos e a polícia informou ter identificado suspeitos. Um ano depois, ninguém foi preso.
Segundo o delegado Reginaldo Caetano, que acompanha o caso, as investigações estão sob sigilo. Ele conta que a Polícia Civil segue a mesma linha de investigação desde o dia em que o crime aconteceu.
De acordo o delegado, as mortes foram causadas por uma disputa entre contrabandistas e traficantes na região de fronteira. "A investigação revela que ele [Valdir] tinha vínculo ou alguma relação com o contrabando de cigarros e havia um desentendimento com o grupo relacionado com o tráfico de drogas aqui na região", diz.
Há um ano sem a filha, a mãe de Bruna Zuco, Roseane Zuco, ainda evita falar sobre o tema. Ela recebeu em Altônia a equipe da RPC, mas preferiu não gravar entrevista. A mãe apenas diz que sente falta da filha e que o fato do crime continuar sem respostas machuca mais.
"Nos traz bastante preocupação e mais vontade de elucidar. É uma resposta que a família naturalmente merece" — Reginaldo Caetano, delegado de Altônia
Crime e investigações
No início da manhã do dia 22 de março de 2018, a Polícia Militar (PM) foi acionada por motoristas que passavam pela PR-490 em Altônia e viram um carro pegando fogo. Na picape, dois corpos carbonizados. No mesmo dia, a suspeita de que os corpos seriam de Bruna Zucco e Valdir Feitosa.
A Polícia Civil confirmou que a picape era do empresário Valdir Feitosa. O irmão do empresário reconheceu o carro e uma caixa de ferramentas que estava na picape.
A confirmação da identidade dos corpos veio apenas no dia 9 abril de 2018, após um exame de DNA feito pela perícia do Instituto Médico-Legal. A família de Bruna ainda acreditava que a estudante pudesse estar viva antes da confirmação.