A Ceasa (Central Estadual de Abastecimento) de Cascavel bem cedinho deveria estar cheia de caminhões, mas o cenário é este. Nos estandes, o terceiro dia de greve dos caminhoneiros já tem reflexos visíveis. Há produtos que já estão em falta.
No estande em que Álvaro é gerente, o dia será quase todo assim, com a mão no bolso não há muito o que fazer. Ele tem como principais produtos a batata e a cebola. A batata já acabou e o estoque da cebola está no fim.
Muitas mercadorias devem estragar na estada. A tendência é que os produtos fiquem mais caros nos próximos dias.
Em relação ao gás de cozinha, os estoques estão baixos. Nesta revenda, o carregamento de anteontem ainda não chegou. O caminhão está parado em um dos bloqueios. E isso justamente na época em que o consumo do produto quase dobra por conta do frio.
Para evitar que o produto acabe rápido demais eles estão restringindo a venda. Quem pede dois botijões só está recebendo um.
Alguns municípios já começaram a ter falta de combustíveis. Em Medianeira, há postos sem uma gota sequer. Nos que ainda tem estoque, há filas de veículos. Em Cascavel, por enquanto, ainda há produtos nas bombas e em estoque, mas se a greve persistir a situação pode ficar complicada.