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Até quando a violência vai vencer? Hoje completa um mês do crime contra o jovem Renan
O crime chocou e mobilizou os rondonenses. Ele continua no hospital
Por Tribuna do Oeste | Postado em: 22/02/2018 - 16:19

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Há exatos 30 dias, em 22 de janeiro de 2018. Três bandidos e uma tentativa de assalto mal sucedida. Ninguém sabe ao certo o que aconteceu. Se o bandido se assustou, se agiu covardemente ou se Renan reagiu. É certo, porém, que aquele tiro mudou por completo a vida de um jovem de 25 anos e de sua família. Leia abaixo a reportagem veiculada na data de hoje (22) no jornal impresso Tribuna do Oeste.

Renan Francisco Schroder é apenas mais uma vítima da violência urbana que assola o país. Uma violência que não acontece apenas nos grandes centros, como o Rio de Janeiro, mas que pode fazer vítimas também por aqui, no interior, numa cidade de apenas 50 mil habitantes.

A família de Renan sabe bem o que é isso. Ela reza pela sua recuperação e clama por justiça para que outras famílias não passem pelo que estão passando.

Estado de saúde

Passado um mês daquele fatídico dia, a reportagem do jornal Tribuna do Oeste conversou com Rafael Alexandre Schroder, irmão de Renan, que relatou como está a sua recuperação.

Ele explica que a situação clínica é bem complicada. Apesar disso, Renan está consciente e é possível comunicar-se com ele, apesar da voz não sair em função da traqueostomia.

A lesão provocada pelo tiro foi muito séria. Além de não ter movimento nos braços e pernas, Renan não manifesta qualquer sinal de respiração espontânea. Ele respira 100% com a ajuda de aparelhos.

Com tristeza, o irmão revela que os médicos que o atendem já não dão mais nenhuma esperança que o jovem volte a recuperar os movimentos ou passe a respirar sem a ajuda dos aparelhos. Contudo, a família não perde a esperança e está buscando todos os recursos disponíveis para buscar uma evolução no seu quadro.

Nos próximos dias ele deve deixar a UTI e ser transferido para hospital em Marechal Cândido Rondon, onde continuará tendo o acompanhamento médico. Isso vai facilitar as coisas um pouco para a família, que atualmente se reveza nas idas e vindas a Cascavel, onde o Renan está internado na UTI há 30 dias. Depois que seu quadro melhorar, poderá ir para casa, mas acompanhado da máquina de respiração artificial.

As reações

Rafael conta que nos primeiros dias, após sair da sedação, Renan estava emocionalmente bem. Sorria e comunicava-se bastante.

Com o passar dos dias e a chegada das notícias ruins, ele foi ficando deprimido e muito ansioso, querendo ir pra casa. A comunicação também diminuiu e ele não sorri mais. Devido a agitação, no último final de semana os médicos aumentaram um pouco a dosagem de calmantes, o que o deixou mais sonolento.

Da noite do crime, Renan não lembra de detalhes. As suas lembranças são normais até cerca de duas horas antes do ocorrido. “Contamos passo a passo pra ele como foi, pra ver até onde ele lembrava. Eu pedalei com ele até umas 20h30. Então eu parei e ele continuou. A partir daquele momento para frente ele não lembra mais nada. É como se tivesse apagado aquilo da memória”, conta o irmão. 

Todos os fatos foram revelados a Renan, que reagiu normalmente e não esboçou grande revolta. “Ele ficou triste”, disse Rafael.

Daqui pra frente

Rafael diz que a família não vai se acomodar e que vai buscar mais recursos para a recuperação de Renan. “Nossa preocupação é garantir o máximo de qualidade de vida que ele possa ter, mesmo dentro das limitações que sabemos que ele terá”, destaca.

Um contato com o Hospital Sarah Kubitschek, em Brasília, já foi feito, mas eles não aceitam pacientes que dependem aparelho para respirar. “Por isso, por enquanto, ainda estamos de mãos atadas, mas confiantes e com esperança”, acrescenta.

Sobre a violência que Renan sofreu, o irmão diz que a sociedade não pode esquecer isso e achar que foi uma fatalidade e passou. “Temos que cobrar das autoridades para que os responsáveis sejam punidos e cobrar mais segurança para que esses crimes não voltem a acontecer. Não podemos aceitar isso como uma coisa normal, uma coisa que acontece”, concluiu.

Polícia aguarda resultados de exames para confirmar suspeitas

Enquanto a família luta pela recuperação de Renan, a polícia tenta avançar nas investigações para chegar aos autores do crime. Segundo o delegado da Polícia Civil, Diego Valim, muitas informações foram levantadas nas investigações, porém não contundentes. Por isso, ainda aguarda o resultado de alguns laudos, das perícias, papiloscópico e o confronto balístico de uma arma que foi apreendida. “Infelizmente, isso demanda tempo, o que dificulta uma resposta rápida da nossa parte”, lamenta o delegado.

Ele confirma que a polícia tem seus suspeitos e aguarda as respostas destes laudos para solicitar as providências cabíveis junto ao Poder Judiciário e alcançar os autores do crime.

Cuidados

O delegado concorda que a prática de crimes está cada vez mais assustando a população em todo o País. “Não é uma peculiaridade de uma cidade ou outra. Vemos isso todos os dias na mídia e nas redes sociais”, lamenta o chefe de polícia.

Ele orienta para que a população adote algumas medidas preventivas à sua segurança. Entre estas precauções ele sugere a não estacionar o carro e ficar no seu interior, evitar deixar as casas ou portões abertos, evitar andar com bolsas pelas vias públicas, principalmente à noite, entre outras rotinas que deixem brecha para o oportunismo do criminoso.

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