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Após denúncias, prefeitura suspende cirurgias em hospital em que atuava o ‘Doutor Faz-Tudo’
Por G1 | Postado em: 22/01/2019 - 16:01

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A Prefeitura de Guaíra decidiu suspender as cirurgias eletivas realizadas no Hospital AssisteGuaíra, onde atuava o médico Paulo Marcelino Andreolli Gonçalves, conhecido como “Doutor Faz Tudo”.

O clínico geral, que ocupava o cargo de diretor clínico do único hospital da cidade e conveniado ao Sistema Único de Saúde (SUS), é suspeito de uma série de erros médicos que levaram à morte de pacientes operados por ele.

Nesta terça-feira (22), ele continuava afastado depois de um pedido feito pela prefeitura à direção do hospital na sexta-feira (18), quando a Ouvidoria do Município recebeu várias denúncias contra o médico.

No fim de semana, ele foi substituído temporariamente pelo irmão, Odilon Gonçalves, também clínico geral. Nos demais plantões, deverá haver um remanejamento de médicos para que os atendimentos não sejam prejudicados.

Segundo a assessoria de imprensa da prefeitura, os procedimentos agendados vinham sendo desmarcados gradativamente desde dezembro de 2018, quando as primeiras suspeitas surgiram, ainda informalmente.

E, com o aumento do número de denúncias, apenas os partos foram mantidos.

A assessoria informou também que está em andamento, por parte do hospital, a contratação de um médico especialista em cirurgias e outro em obstetrícia e ginecologia e que, a partir de fevereiro, novos profissionais serão contratados.

Desde 2017, os funcionários do hospital são administrados por uma empresa particular de propriedade da mulher do doutor Paulo.

As suspeitas de erros médicos vêm sendo acompanhados pela Polícia Civil, pelo Ministério Público Estadual (MP-PR), pela 20ª Regional de Saúde e pelo Conselho Regional de Medicina do Paraná (CRM-PR).

Apesar de não ser cirurgião, o médico reconhece que fez diversas cirurgias e que atuava pensando “no bem dos pacientes”.

Ele responde vários processos na Justiça e já foi condenado pela morte de um bebê de quatro meses, em 1995, por complicações em uma cirurgia de hérnia, quando trabalhava em um hospital em Campina da Lagoa.

“O doutor Paulo disse, hospital é lugar de morrer, então o seu só foi mais um que morreu. Nunca pensei que meu filho fosse sair morto de lá”, contou a dona de casa Arlete Neves, mãe do bebê morto.

A pena de dois anos foi convertida em prestação de serviços comunitários.

O médico ainda teve o registro médico suspenso por duas vezes por danos a pacientes.

A direção do Hospital AssisteGuaíra nega qualquer irregularidade e afirmou que até então nenhuma denúncia contra o médico havia sido recebida oficialmente.

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