Um grupo de produtores rurais realizou um protesto na manhã de hoje (11) no interior de Marechal Cândido.
A manifestação ocorreu na rodovia entre os distritos de Margarida e São Roque, na região de São Bernardo.
Os agricultores rondonenses utilizaram máquinas que foram colocadas na pista impedindo a passagem de veículos.
Eles cobram melhorias na rodovia, cujo pavimento está bastante danificado.
A Polícia Militar esteve na comunidade, um trator foi colocado no meio da pista com uma faixa escrita, "Acorda Rondon, cadê o nosso asfalto? ICMS cadê.
O prefeito Márcio Rauber enviou uma equipe ao local onde ocorria o protesto pelos agricultores, e houve um acordo entre eles e a rodovia foi liberada.
Na tarde desta quinta-feira o prefeito concedeu uma entrevista coletiva a imprensa falando sobre a manifestação dos moradores.
“A manifestação na verdade era um pedido de informação. A comunidade queria saber o porquê de a obra ainda não ter sido executada se havia compromisso de ter saído até a Festa do Búfalo”.
A estrada está abandonada há muito tempo e cada dia que passa suas condições de trafegabilidade pioram.
Segundo o prefeito, o projeto de pavimento asfáltico foi feito nos mesmos moldes do trajeto Rondon-Margarida. Além disso, de acordo com ele, o recurso está na prefeitura e o dinheiro é suficiente para fazer a obra. “Fizemos o devido processo licitatório e contratamos a empresa, que não é a mesma da obra Rondon a Margarida”. Porém, o engenheiro responsável por essa empresa detectou que a base do solo é argilosa e isso pode trazer inúmeros problemas caso não haja correção, executando a obra em cima da base que hoje está lá, logo a estrutura estaria com problemas.
“Pegamos a nossa equipe e a equipe da empresa e fomos a loco. Foi feita uma demarcação naquela rodovia nos pontos onde é preciso fazer correção antes de fazer recapeamento asfáltico e alteramos o projeto”, explica o prefeito.
No início, o projeto havia sido elaborado para sete metros. Devido à correção que precisou ser feita, ele foi reduzido para seis metros e a espessura nesses pontos onde a base está mais danificada foi aumentada. “Precisamos fazer um trabalho diferenciado nesses pontos para dar mais qualidade à obra e, obviamente, isso demanda tempo”, ressalta Marcio.
Além da correção necessária, desde a licitação até estes estudos técnicos houve aumento de preço do produto do CAP, que é um dos elementos que compõe a massa asfáltica. Por conta disso e da alteração do projeto, do aumento da estrutura, a empresa responsável pediu um realinhamento de preço. “Isso tudo está tramitando administrativamente respeitando os prazos legais e quando a equipe técnica da prefeitura e a equipe do jurídico disserem que cabe ou não cabe o realinhamento, a empresa decidirá se executa ou não a obra”.
Caso a empresa aceitar, a obra inicia. Do contrário, “se a empresa disser que não pode executar por esses valores, que ela vai ter prejuízo ou não pode dar garantia pelo serviço, reincidimos o contrato, reabrimos o edital e iniciamos um novo processo licitatório”, complementa o prefeito.
O investimento é grande, são mais de 2 milhões de reais, que estão garantidos. Marcio Rauber ressalta “temos esse recurso graças a economia que fizemos no ano passado e estamos investindo essas economias nas mais diversas áreas do nosso município, e a infraestrutura rural é uma delas”.
A reivindicação foi respeitada. A condução pelos representantes do município foi bem feita, a população entendeu, teve suas dúvidas sanadas e a rodovia foi desbloqueada.
“Temos compromissos, assumimos, realizamos e vamos cumprir com esse também, mas nos termos que forem melhor para aquela estrada. Não podemos por mais de 2 milhões de reais numa obra mal executada para daqui alguns meses termos problemas. Então, se tivermos que esperar mais um, dois ou meio ano para fazer bem feita a obra nós vamos esperar, porque aquela população merece a atenção e o carinho da nossa administração”, conclui o prefeito.